O
ser humano é capaz de muitos feitos impossíveis ou difíceis para todos os
outros animais terráqueos. Temos muitos aspectos anatômicos e orgânicos que nos
permitem ir mais longe que eles. Nossos olhos podem enxergar cores nítidas,
ainda que sendo as cores de um trecho muito limitado do espectro da luz; temos
voz articulada que nos permite desenvolver uma linguagem falada extremamente
complexa; o formato de nossas mãos especialmente preênseis nos permitiu manejar
instrumentos de escrita, ferramentas e armas que permitiram a defesa dos
primeiros humanos de predadores naturais; e, o mais destacado de todos é a
nossa estrutura neurológica permite uma inigualável capacidade de elaborar
pensamentos muito complexos, raciocinar, lançar mão da essência da razão de
desenvolver comunicação simbólica, ciências, filosofia e artes. Com essa
analise destaca-se a vantagem que determina que nós sejamos animais racionais.
Se
analisarmos o comportamento histórico do ser humano, todos eles verão que essa
diferença é muita, mas tênue do que o senso comum alardeia por repetição
insistente. A verdade é que temos tanto ímpeto bruto, selvagem, passional e
irracional como qualquer fera temível dos habitat selvagem em cuja destruição investiu.
Se não fossem nossos artifícios métodos de controle social criados pelo
desenvolvimento da vida em sociedade ao longo de milênios, muito dificilmente
haveria condições de existirem sociedades humanas.
É
esse controle que mantém a civilização em equilíbrio, e apesar de estar longe
do intransponível. Há diferença de intensidade no potencial selvagem, inócuo
entre uma pessoa e outra, dependendo do nível de educação e esclarecimento, mas
não existe ninguém imune, livre da feracidade. A distância que nos separa
daqueles que chamamos de animais irracionais.
Somos
irracionais em parte, e às vezes até os superamos em questão de descontrole
emocional e impulsos destrutivos, tanto contra outras espécies como contra
mesmo os semelhantes mais próximos da nossa própria.
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